São Caetano do Sul,

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

De fã a referência em quadra


                                              Foto:arenasports.com.br


Ela começou muito jovem na seleção e aos 16 anos já dividia a quadra com seus maiores ídolos, Hortência e Paula. Aos 38, quando encerrou a carreira, a situação se inverteu, pois era ela a grande referência para uma nova geração do basquete. E nessas mais de duas décadas com a camisa verde e amarela, Janeth deixou o bairro paulistano do Bom Retiro para conquistar um Campeonato Mundial, uma medalha de prata e outra de bronze em Olimpíadas e um ouro nos Jogos Pan-Americanos.
A história de sucesso da ala teve início aos 13 anos, quando sua professora de educação física a levou para treinar no Higienópolis, um clube do município de Catanduva (SP). Antes disso, porém, ela conta que chegou a jogar vôlei. “Sou de família simples, sempre gostei muito de brincar na rua e praticar esportes. Comecei com o vôlei pois não havia quadra de basquete perto de casa, mas mudei de esporte após acompanhar o Mundial de 1983 pela televisão”, lembra.
A certeza de que estava no caminho certo veio com a primeira convocação para a seleção principal, recebida com surpresa pela atleta, pois de uma hora para outra ela se viu em outro país e representando as cores do Brasil. “Mudou tudo de uma hora para outra graças ao basquete. Mas eu sempre fui muito tranquila, então pude me adaptar bem às novidades”, diz.
Apesar de uma galeria repleta de conquistas, que inclui quatro campeonatos consecutivos na WNBA (liga norte-americana de basquete feminino), Janeth elege como o momento mais marcante de sua carreira a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. “Cada tíitulo tem um significado especial para a gente, mas essa medalha foi muito marcante. Mesmo não tendo ganhado a final, eu estava em um grande momento da minha carreira”, afirma.
Com a aposentadoria de Hortência e Paula no final da década de 1990, Janeth passou a ser a principal remanescente da geração campeã mundial. E ela cumpriu esse papel em 2007, quando deixou as quadras após conduzir o Brasil à prata no Pan do Rio de Janeiro. “Lá atrás, quando eu comecei, não imaginava tudo isso, pois víamos os Estados Unidos e a Rússia sempre no topo. Eu só queria estar entre as melhores, poder defender a seleção, mas conseguimos muito mais”, conta.
E ela conta que uma das suas inspirações para se manter sempre motivada na carreira mesmo após tantas conquistas vem do exemplo dado pelo piloto Ayrton Senna. “Ele sempre foi uma referência por tudo o que conquistou. E para ter o mesmo sucesso eu sempre fui traçando metas. Conforme ia cumprindo, buscava coisas cada vez maiores”, finaliza.


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Especial para o Terra

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