São Caetano do Sul,

quinta-feira, 15 de março de 2012

Elas mandam fora – e dentro – do campo!

Foi-se a época em que futebol era coisa, exclusivamente, de homem. Hoje em dia elas ajudam a lotar os estádios e relevam a paixão pelos times do coração; mostram que dominam as técnicas e sabem fazer gols dignos de comemoração como os da jogadora Marta da Seleção brasileira de Futebol Feminino e, também, entendem as regras do jogo, como a árbitra Graziele Crizol, nascida em São Caetano. Aos 32 anos, formada em Educação Física, Graziele conta como foi a reação da família quando optou pela profissão. "Minha mãe, como não entende muito de futebol, não gostou da ideia, mas não me proibiu também. Meu pai gostou da notícia porque achava que eu ajudaria o time dele, mas na prática isso não aconteceu. Eles me apoiaram em todas as minhas decisões".

NoticiasDoABC GrazieleCrizol
Foto: Dorival Zucatto


A árbitra conta que já sofreu com o preconceito em relação à profissão. "O preconceito ainda existe, porém, em menor escala. Hoje é mais normal ver mulheres atuando em campo. Mesmo assim, os jogadores ainda te testam no começo da partida para sentir as suas reações. Ao longo da carreira você vai conhecendo as pessoas que fazem parte do mundo do futebol e elas vão confiando mais no seu trabalho e esquecendo que você é mulher". A bandeirinha, que fez parte do quadro de arbitragem da Federação Paulista de Futebol e pertence ao quadro de árbitros da Confederação Brasileira de Futebol, atuou em partidas históricas como nas finais do Campeonato Paulista Fem e da Copa Brasil de Futebol Feminino, ambas em 2009.
Afastada dos campos por conta de problemas físicos, Graziele desabafa. "O futebol está cada vez mais ágil e, enquanto eu não estiver 100% para retomar meu trabalho em campo, não vou voltar. Passei por cirurgias nos joelhos e ainda sinto muitas dores no corpo por ter sido ginasta no passado. Então, resolvi cuidar de mim". E, mesmo longe dos campos, Graziele revela seu lado guerreiro. "Eu lutei muito para conseguir me manter na arbitragem por esses anos. Foram noites sofridas com dores. Sempre tive como exemplo na profissão as pioneira Silvia Regina.

Por Ghretta Pasuld
Para Notícias do ABC

Fonte: http://www.revistaloungeabc.com.br/linha-de-frente/283-elas-mandam-fora-e-dentro-do-campo



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