São Caetano do Sul,

terça-feira, 2 de abril de 2013

MULHER NO FUTEBOL: Giselly de Marchi, diretora do Espírito Santo



Crédito: Reprodução/Facebook
Bela e em forma, ela busca se firmar em um meio predominantemente masculino. Com estilo linha dura, Giselly de Marchi encontrou seu espaço como dirigente de futebol no Espírito Santo, com direito a mudar a cara de um time local.
Com apenas quatro meses de trabalho – assumiu o Espirito Santo em dezembro – Giselly tirou do próprio bolso a quantia necessária para sanar as contas do clube capixaba e regularizá-lo na Federação local. Ela se gaba do sucesso rápido do seu trabalho e já mira voos mais altos.
“Fizemos parceria com o Espanyol. Temos um projeto grande para a China e a Europa, de intercâmbio com Taiwan e de construção de um Centro de Treinamento em Vargem Alta”, explicou ao UOL Esporte.
Giselly começou com futebol há 12 anos, quando era secretária no Rio Branco-ES. Ela é casada com Vitor Capucho, técnico de futebol. Ao lado do marido, trabalhou como empresária de jogadores na Europa antes de voltar ao Brasil.
Aos 31 anos, ela lida com dirigentes que tem no mínimo o dobro de idade. “Muitos poderiam ser meu pai”, admite, rindo. Giselly nega existência de ciúmes nem de cantadas no relacionamento dela com seus pares.
O ambiente respeitoso é mantido no trato com os jogadores e a comissão técnica no dia a dia, segundo contou a diretora executiva. Existe até um temor em falar com ela devido ao seu estilo linha dura.
“Eles me respeitam muito, mas alguns jogadores temem em vir falar comigo, porque sabem que minha voz é lei, tem que ser cumprida”, explicou Giselly, para depois amenizar. “Não sou Fidel [Castro, ditador cubano] nem Hitler. Simplesmente mostro o caminho como tem que ser feito”.
Como toda mulher, Giselly admite ser muito vaidosa, reflexo também do passado de modelo na adolescência que lhe fez conhecer vários lugares no Brasil e no mundo. Ela segue uma rotina de exercícios que iniciou desde a época que praticava ginástica olímpica, futebol e atletismo. “Hoje eu pratico corrida, acordo às 6h todos os dias e vou treinar”.
Giselly é realizada na sua profissão e mostra satisfação ao falar dos resultados conquistados no comando do Espírito Santo. A única chateação da diretora é que os feitos fora de campo não estão sendo traduzidos fora dele. Com cinco pontos, o clube ocupa a última colocação do Estadual e pode ser rebaixado. Ela, que já trocou a comissão técnica, admite a situação delicada.
“Não estou alcançando os resultados que gostaria. Estou buscando acertar, mas está bem complicado. O futebol é resultado. Quando não tem, fica complicado. Tem que pontuar”.

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