São Caetano do Sul,

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Maratonista Aquática Poliana Okimoto

Foto: rederecord.r7.com
 Júlia Monnerat Pecci
 
Já classificada para as Olimpíadas de Londres após chegar em sexto lugar no Mundial de Xangai, Poliana Okimoto comemora a conquista. Apesar do alívio com a vaga em 2012, a atleta se preocupa com o futuro da maratona aquática no Brasil. Para a nadadora, falta incentivo para novos atletas.
- Eu acho que a Confederação tem que fazer alguma coisa pensando no futuro da maratona. A gente sabe que hoje tem eu e a Ana Marcela (Cunha) brigando com as melhores do mundo. No masculino, tem o Allan (do Carmo) e o Samuel (de Bona) que estão bem, tentando vaga olímpica. Mas não se vê muito futuro, não está tendo uma continuidade. Nas Olimpíadas de 2020, a gente ainda não consegue ver um futuro.
Apesar do alerta, a brasileira acredita que os bons resultados que os atletas da modalidade têm conquistado podem fazer crescer o número de interessados.
- A gente está mostrando o que é a maratona aquática. No Brasil, muitos não conheciam a modalidade e estamos vendo muitos participantes, muitas provas realizadas. Eu acredito que isso vai trazer mais atletas. Mas temos que ter mais projetos de maratona aquática. Algo que, hoje, a gente não tem.
Prestes a participar pela segunda vez das Olimpíadas, Okimoto comemora a vaga conquistada com um ano de antecedência. Para os Jogos de 2008, em Pequim, quando ficou em 7º lugar, a classificação veio somente três meses antes da competição.
- Foi muito melhor este ano. Com um ano de antecedência você tem como fazer todo um planejamento voltado para a competição. Em 2008, a gente teve que fazer o planejamento para conseguir a vaga olímpica. Agora a gente tem um ano para planejar, pensar e fazer todo o treinamento. Vou usar os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e algumas etapas da Copa do Mundo, no ano que vem, como treinamento. É bom estar em contato com os adversários, com as provas.
Confiante, a brasileira acredita nos últimos resultados e busca uma medalha olímpica inédita, em Londres.
- Nas Olimpíadas de 2008, eu era muito inexperiente na maratona. Hoje eu já fiz mais provas, estou muito mais madura, com mais experiência e mais consciente do que eu devo fazer durante uma prova de maratona. O aprendizado que eu tive durante esses três anos foi essencial para realmente pensar em uma medalha olímpica. Agora eu estou muito mais preparada do que em 2008 - afirma a nadadora, de 28 anos.
De olho na medalha de 2012, a atleta já faz planos para os Jogos no Rio de Janeiro, em 2016. Poliana pretende encerrar a carreira na competição realizada no Brasil e relembra com saudades o carinho que sentiu no Pan de 2007, também realizado na cidade carioca, quando conquistou a medalha de prata.
- A gente tem que aproveitar ao máximo, tirar o que puder dessas Olimpíadas porque vai ser uma oportunidade muito grande. Principalmente para os atletas. Poder competir em casa, com seu público. A gente viu que o Pan-Americano de 2007 foi uma sensação, um sucesso. Tinham milhares de pessoas assistindo e incentivando quando eu ganhei a medalha em Copacabana. Se a emoção de ganhar a medalha no Pan, em casa, foi grande, imagina nas Olimpíadas? Meu sonho é encerrar a carreira participando dos Jogos de 2016. Vou lutar com todas as forças para estar competindo até lá...

Fonte:http://www.polianaokimoto.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário